Soneto da Cumplicidade
Como um rio que corre para o mar
Paciente, segue em seu destino,
Esse amor que agora em desatino
Insiste em sonhos compartilhar.
Sonhos às vezes malfadados
Desejos por vezes corrompidos
Amores que surgem comprometidos
Com a sina de tornarem-se passado
Sem nunca no presente terem existido
E por terem esse caminho trilhado
Vejo nas palavras de agravo
E agora estampado em teu rosto
O indisfarçável desconforto
De tua tão clara cumplicidade.
Olinda - 15 de Outubro de 1999
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