31.7.05

Crônica de um fim de semana normal.

Ontem foi dia de churrasco, de jogo do Náutico e de passeio ciclístico, não nessa ordem, dia de discussão sobre política, ética, o judiciário e a profissão de advogado. Ontem foi dia de consolar o amigo.

No churrasco comemoramos mais uma etapa na vida de um amigo, que se graduou em engenharia de sistemas. Boa música, cerveja gelada, whisky importado e o nosso churrasqueiro oficial, antigo treinador da equipe de remo, que com a competência que lhe é peculiar deixava a picanha no ponto, a maminha suculenta e fazia a alegria de todos em meio à confusão de assuntos que eram, apaixonadamente debatidos.

Era dia do “clássico dos clássicos”, Náutico e Sport, infelizmente perdemos. Sofri e gritei tanto que fiquei sem voz. Depois da euforia e decepção do jogo mergulhei no debate político, o assunto da vez, a crise no PT. É impressionante como ficamos irracionais ao discutir política, religião e futebol. São amores e como tal não cabe explicar os motivos da atração, não há como entender o que nos atrai, é algo subjetivo, pessoal, indescritível. Podemos até filosoficamente justificar, mas no fundo tudo é uma questão de gostar ou não.

O amigo concluiu mais uma, das muitas, etapas de sua vida, habilitou-se numa profissão. Durante a comemoração uma constatação, a falta de seu pai recentemente falecido era maior que sua capacidade de ser forte. Consolamos e choramos juntos a ausência de nosso amigo bigode. Falamos de saudade, de perda, da incompreensível ausência, de coisas definitivas.

Pela manhã, às 7:00 horas fui passear pela cidade, a bicicleta equipada, velocímetro, buzina e luz, o ciclista paramentado de capacete, luvas, óculos, frequencímetro, calça e calçados apropriados para a prática esportiva. Foram 57 km pela cidade do Recife, passando ruas desertas, pontes, viadutos, praças, praias, lugares que alimentavam a alma enquanto o corpo sentia o cansaço dos 42 anos, já perto do fim da manhã uma parada na loja de artigos para ciclismo e uma constatação, ainda consigo despertar o interesse de uma bela mulher com minha aparência. Ainda que para mim nada está como eu gostaria que estivesse.

No interior da loja um flerte, a jovem garota de olhos azuis, corpo sinuoso, pele e cabelos dourados não parava de me olhar e sorrir, na primeira oportunidade se aproximou e iniciou uma conversa sobre equipamentos ciclísticos, que terminou com uma cena de ciúmes do seu namorado. Percebi que mesmo com o passar dos anos e com a perda das formas ainda restou algum charme para este homem de meia idade. Isto fez bem ao ego e deu energia para o retorno.

No fim do dia, depois de muitas doses de Chivas 12 anos, sentamos à beira da piscina para falarmos do judiciário, dos juízes e da profissão de advogado. Várias perspectivas envolvidas no debate, um juiz, um advogado, um estudante de direito, uma platéia atenta aos argumentos e a certeza de que somos corporativistas por natureza. É algo como um senso de sobrevivência, que nos leva a defendermos a categoria a que pertencemos por puro espírito de corpo.

Hoje é domingo da família, tudo muito calmo, almoço, televisão, um livro (Quando Nietzsche chorou), internet e a surpresa do e-mail dela. Nas poucas linhas escritas tanta coisa dita, havia muito no subtexto. Como eu gostaria de vê-la, estar ao seu lado num passeio à beira mar. Deixar o mar tocar em meus pés enquanto o som de sua voz me serviria de acalento. Como é doce a sua voz. Espero que ela logo fique bem, torço por isso. Sem euforia ou abatimento.

Amanhã mais um dia, assim espero, afinal quem sabe o que nos aguarda o amanhã. Sei do ontem, pouco do hoje e nada posso afirmar do amanhã. Mas espero que haja sempre algo de bom no fim do dia para recordar. Mas isto é assunto para outro dia.
Fera

Ah! Quem dera fossem os homens feras
E assim lutassem contra as quimeras
Que se disfarçam entre nós...
Nos comem as entranhas enquanto gargalham
Com suas bocas cheias de batom!
Recife 1999

27.7.05

Renovando os votos

(ícones de uma vida)

Em tempos de caça as bruxas é bom manter a vassoura escondida atrás da porta.

Havia um tempo em que as pessoas viam um certo charme em dizer de orientação política de esquerda, os intelectuais ostentavam seus charutos Havana e citavam Max e Guervara em mesas de bar. Era tido como cult todo aquele que tinha o discurso pelo social na ponta da língua. Eu nasci de um comunista, bom vivan, com a filha de um rico fazendeiro adepto do coronelismo nordestino. Cresci durante o regime ditatorial militar e me deliciei ao ouvir clandestinamente Geraldo Vandré cantando “Pra não dizer que eu não falei das flores”. Ainda adolescente ficava deslumbrado com a possibilidade de nos porões da Faculdade de Direito do Recife ouvir os debates apaixonados de jovens estudantes que se rebelavam contra o regime de exceção que os oprimia.

Aos dezessete anos entrei para o Corpo de Fuzileiros Navais, simplesmente porque queria vestir um camuflado e viver as aventuras nas selvas durante os duros treinamentos militares. Chegando lá fui adestrado a temer o inimigo que se espreita pelas ruas, aprendi a reconhecer os comunistas pelos códigos comportamentais constantes das cartilhas militares. E por um período de tempo fiquei confuso com minha própria identidade política. Depois que saí da Marinha resolvi me declarar apolítico, passando a viver alienado de tudo o que ocorria na política brasileira, escolhia os meus candidatos segundo a moda, se era tempo de fulano de tal eu usava o botom dele, se a onda era votar e beltrano eu vestia a camisa com a foto do cidadão.

Até que um dia eu conheci o Partido dos Trabalhadores, primeiro eu os combatia veementemente, depois passei a debater com eles, por fim me senti tão identificado com cada proposta, com a forma de lutar e com a militância que um dia eu sem perceber estava nas ruas fazendo campanha. De lá pra cá muitas eleições se passaram, perdemos quase todas, mas sempre elegemos bons nomes para o congresso. Dizíamos que éramos os melhores para fazer oposição, tínhamos a bandeira da honestidade, e gritávamos a plenos pulmões que éramos imaculados em meio ao lamaçal de corrupção.

O sonho acabou, e hoje, acordando no meio do pesadelo eu me vejo meio que perdido entre tantas acusações, entre tantas evidências, entre tantas decepções. Mas diferentemente de muitos que conheço que agora guardam suas bandeiras e escondem suas estrelas eu reafirmo minha condição de membro do Partido dos Trabalhadores. Eu sou PT.

E como militante que sou me sinto na obrigação de juntar os pedaços e trabalhar na reconstrução da imagem do partido. Creio que muitos se corromperam, mas que muitos mais permaneceram à margem desse processo de venda da alma ao diabo. E quero estar ao lado destes que resistiram à tentação da corrupção pelo poder, para contribuir com o soerguimento do PT. Há muito a fazer, muito que explicar, mas sem dúvidas o nosso projeto social é verdadeiro e vencedor. Devo isto à memória de todos que um dia sonharam com uma sociedade mais justa e igualitária para o Brasil. Companheiros a luta continua!

26.7.05

Mazinho uma pessoa especial

(Ithamar e Rebeca)
Você é o filho que um dia eu sonhei ter.

Tenho que começar assim meu depoimento sobre esse garoto, que já é um homem, eu o conheci quando ainda era muito pequeno para falar, e guardo em minha memória a sua palavra mais usada “capaz”, ainda hoje não sei o que queria dizer, mas a tudo ele me respondia assim com um sorriso que me vem à mente. Muitas vezes eu o coloquei em meu peito, quando no meio da noite ele acordava chorando, dividíamos o mesmo quarto algumas vezes. Recordo que eu adorava passear com ele, e quando andávamos na praia, de mãos dadas, muitas vezes alguém me perguntava se eu era seu pai, no fundo eu gostaria de dizer que sim. Você sempre teve uma paz, uma alegria, uma simplicidade que comovia. Carreguei você no colo, passeamos muitas vezes descalços, contra as orientações de tua mãe, pisando a areia da praia, mergulhamos juntos quando você ainda era muito pequeno no mar de Olinda, até que um dia você foi embora.

Quando te encontrei novamente em Brasília você havia crescido bastante, mas mantinha aquele mesmo perfil de tranqüilidade que me aquecia o coração.Meu sobrinho amado, querido do meu coração, lembrando a minha mãe, sua avó, eu hoje não o vejo tanto quanto gostaria, nem desfruto de sua companhia como gostaria, mas estes são os caminhos naturais de nossa breve passagem por esta vida, amamos e perdemos àqueles a quem queremos por perto. Se um dia eu vier a casar, coisa que acho pouco provável, você certamente celebrará e me dará a benção. Se Deus o nosso Senhor me abençoar com um filho, espero que ele mire-se no exemplo do primo Ithamar.

Confesso que escrevo emocionado este depoimento, como não poderia deixar de ser, afinal você tem em si o dom de despertar os nossos melhores sentimentos.

Do teu tio que te ama como a um filho.
(Depoimento feito no Orkut)

24.7.05

Terminando um ciclo.


O Nosso Caminho

Há caminhos que parecem estreitos
Escuros, difíceis, longos e tortuosos,
E que não chegam a lugar nenhum...
Mas ao fim vemos que são perfeitos.

Há caminhos que parecem Largos
Seguros, fáceis, curtos e tranqüilos
E que nos levarão a um destino certo
Mas ao fim vemos que são enganosos.

Não é o começo do fim, ou uma partida.
Não deixo tristeza ou dor na despedida
Levo comigo a alegria e a esperança...
De ter em você para sempre a amiga.

17.7.05

Casa Grande e Senzala.

Este texto é o resultado de minhas reflexões sobre o momento atual da política brasileira, não tenho a intenção de convencer ninguém, apenas me posicionar. Sinto um nó na garganta ao ver tanta gente falando com ranger de dentes e sangue nos olhos. Há um ódio generalizado pelo partido dos trabalhadores, como estou no PT desde 1990 e tenho vivido cada eleição com tudo de mim, me sinto triste em ver todo um projeto de uma vida jogado na lama antes mesmo que se comprove até onde estamos envolvidos nas acusações que nos são feitas. Se estivermos realmente envolvidos nos crimes de que somos acusados, aceitarei a punição com lealdade ao partido e submissão à lei. Mas dê-nos, ao menos, o argumento da dúvida, e o pressuposto da inocência.
O escritor e pensador pernambucano Gilberto Freire em sua obra Casa Grande e Senzala faz uma análise da sociedade brasileira desde a sua formação sob estes dois extremos, a Casa Grande onde residiam os senhores de engenho, representando a elite brasileira, e a senzala onde sobreviviam os escravos, representando as massas de nosso país. Falando da miscigenação, dos costumes e do poder.

A história da construção de nossa sociedade está diretamente ligada à separação do país em duas classes predominantes, de um lado a classe dominante, elite, que detentora do poder, econômico, político e cultural conduziu os destinos do Brasil a partir de seus paradigmas. Do outro lado a massa, o povo, desprovido de qualquer tipo de poder, desinformado, inculto e pobre, que sempre se curvou diante de sua condição de submisso e aceitou de bom grado aquilo que lhe cabia, dentro da lógica do poder dominante.

No percurso da história o povo, massa de cidadãos pobres e excluídos, sempre foi utilizado segundo os interesses das elites dominantes, e foi instrumento desta nos momentos em que lhe convinha. Primeiro como força de trabalho escravo, ou de remuneração vil, depois como elemento de legitimação do poder quando das eleições em seus feudos, currais eleitorais, e por fim atualmente como massa de manobra do quarto poder, a mídia que muitas vezes manipula a opinião pública, segundo os seus interesses, basta lembrar em que mãos estão às empresas de comunicação no Brasil.

O grande cisma que houve quando da eleição de um representante da senzala ao cargo máximo da nação, não passou incólume aos rancores da elite dominante e acostumada a ter em suas mãos as rédeas do poder. Este novo modelo de gestão, onde o foco está no social, foi de pronto rejeitado e visto como um risco aos interesses daqueles que não querem ver a ascensão social da classe trabalhadora, com ganho de poder econômico e desenvolvimento cultural. Admitir a possibilidade de inserção social, em um ou dois mandados de um presidente trabalhador, daqueles que viviam a margem das benesses de uma sociedade moderna, era admitir que esses 500 anos no poder foram de usurpação dos direitos sociais de todo um povo excluído dos mais básicos direitos disponíveis a qualquer cidadão.

A casa grande está em guerra. E suas armas estão à mostra para quem tiver o cuidado de observar o que está escrito nas entrelinhas das reportagens denúncia, dos editoriais, das manchetes de primeira página. É chegado o momento da mídia servir ao seu senhor, afinal quem são os donos da informação no Brasil? A esquerda certamente não. Os trabalhadores não possuem redes de televisão, jornais nem revistas semanais de grandes tiragens e circulação nacional. Os nossos meios de comunicação nem mesmo conseguem atender a classe trabalhadora, chegando em suas mãos para conscientizá-la das fraudes jornalísticas a que estamos expostos.

A imprensa tem papel importante na apresentação dos fatos com isenção, imparcialidade e seriedade, todavia não é o que temos visto. As denuncias são feitas a partir de testemunhos desprovidos de provas materiais ou de um apurado processo investigativo, como é de se esperar de uma grande empresa de comunicação. A mesma força com que está sendo exposto o governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva deveria ter sido usada para expor os supostos escândalos do governo anterior.

Mas isto não era de interesse da casa grande, pois sua participação no poder estava garantida. Quando o PT chegou ao poder e começou a substituir os membros do primeiro, segundo e terceiro escalão da administração pública por seus aliados e membros do partido, desempregou alguns dos muitos representantes das elites que sempre estiveram alternando-se nesses cargos e deles viviam. E sempre se sentiram mais bem preparados para ocupá-los, hoje nestes mesmos cargos estão muitos dos representantes da senzala, e alguns curingas que sempre conseguem permanecer no poder, seja qual for o governante.

Então era hora de acabar com a “farra” da senzala que estava ocupando o espaço antes privativo daqueles que nos últimos quinhentos anos dirigiram o país. Ora não existe um só governo no mundo que suporte um exame apurado de seus membros, afinal entre tantos membros dos diversos escalões do poder certamente encontraremos sempre alguém que não mereça a confiança dos que o colocaram naquela função. Estes devem ser energicamente extirpados da nossa sociedade. Não aceitamos corrupção, e sempre estivemos a combatê-la.

Todavia o combate deve ser dentro dos ditames da democracia sob os ritos legais. A denuncia deve ser seguida de uma investigação e depois de obtidas as provas do ato lesivo o responsável deverá ser afastado e responder por seus atos. É o princípio do processo legal, contraditório e amplo defesa onde ninguém será condenado antes de ser julgado. Não podemos viver de pressuposições sob pena sacrificarmos um inocente, lembremos do caso da “Escola Base” onde vidas foram destruídas apenas porque havia a suspeita de ter ocorrido um crime, quando as investigações provaram ser inocente o “criminoso” denunciado, amplamente, pelos meios de comunicação.

No caso do governo do PT a situação é mais grave, pois estamos colocando em cheque todo um projeto político, que está obtendo resultados, por uma possibilidade, ainda não comprovada, de haver sido cometido crime pela cúpula do partido, na pessoa de seu presidente e do ministro chefe da casa civil. A quem interessa tamanha agitação? Estamos às portas da eleição de 2006 e todos sabemos que o Presidente Lula é candidato forte a reeleição. A casa grande admitiu a eleição de um trabalhador porque tinha certeza de que seu governo seria o caos. Enganou-se e vendo a possibilidade de uma nova derrota em 2006 lança mão dos instrumentos que lhe são peculiares, desinformação, denuncias sem provas, agitação dos meios de comunicação, e tenta fazer florescer no povo o sentimento de frustração e revolta por ter supostamente sido “enganado”. Mas não tem tido sucesso, nem o “dia negro” marcado para o dia 17 de junho teve a repercussão esperada por seus organizadores que sonhavam com a invasão das ruas por novos caras-pintadas pedindo a renuncia do Presidente Lula, foi certamente muito grande a sua frustração.

A resposta do povo na última pesquisa de opinião causa espanto daqueles que não compreendem que este governo dos trabalhadores está realmente focado nas necessidades dos desvalidos, dos excluídos. Não desconhecemos que há muito que fazer, não avançamos nem metade do caminho, mas temos vencido os desafios que se apresentam a cada passo. A história já tem guardado o lugar para todos os atores desta trama em que se tornou a trajetória de um trabalhador na presidência da República do Brasil.
Recife 17 de julho de 2005.

5.7.05

Lua uma pessoa especial...

Hoje era dia de passeio ciclístico, corujaqueira, tudo estava preparado, a bicicleta estava equipada com a nova buzina e o computador que instalei para informar o tempo, velocidade e distância percorrida, mas um telefonema mudou tudo.

Em tempos de frio uma fogueira sempre aquece o corpo e te convida a ficar. Ainda que eu tenha preparado tudo para a saída, pontualmente às 19:30 horas, nada me faria desligar o telefone, do outro lado estava a canção, uma melodia suave como uma brisa, um sorriso que me fazia levitar, a mente calma a alma em paz e o coração disparado.

Pela janela eu via o cais, as luzes da cidade, o brilho das estrelas, as avenidas tomadas de carros numa frenética confusão de luzes e sons, logo adiante as pontes do Recife, e longe dali, no centro-oeste do Brasil ela me sorria pelo telefone, minha musa, ela que tanto me influenciou, algumas diferenças foram sanadas, desentendimentos esclarecidos, e nossa amizade ganha mais um pouco de alicerce.

Aqui tão perto a lua, e ao ler seu novo perfil mais um deslumbramento, como pode haver tanto a dizer num coração tão jovem. Havia tanta energia emanando de suas palavras que fiquei entorpecido.

Ela como eu sente o fervilhar das palavras que lhe consomem e gritam para serem ditas, esse gesto de escrever é tão peculiar, esse ímpeto que faz da palavra escrita um cerimonial onde se encerram todos os sentidos do ser.

Penso em seu violão e sinto inveja, como eu gostaria de tocar esse instrumento, mas nunca aprendi, agora recordo que comprei um violão e nunca fiz uma aula sequer. Era como um ícone de algo que eu ansiava, mas que não me propus a conquistar.

Escrevo de olhos fechados, deixo as palavras fluírem, sinto apenas o teclado e nele me realizo. É como que tomado de um transe que me satisfaz, as orações são construídas pelo caleidoscópio de sensações que as imagens da minha mente produzem.

E tudo é o resultado de um dia, a lua e aquela a quem não ouso o nome declarar.

4.7.05

Manhã do primeiro dia...

(foto do Recife - by Edye - encontrada na internet)

Há duas formas para viver sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre;
A outra é acreditar que todas as coisas São um milagre.

Albert Einstein


A janela

Da janela do meu quarto eu vejo o mar,
Vejo o cais, o céu azul...
E o brilho do sol refletido no mar.

No horizonte um navio,
Olhando para baixo vejo as pessoas,
Que passam alheias ao que vejo,
Na rotina de suas vidas.

Recife, 4 de julho de 2005.


O texto abaixo foi escrito para minha amiga Elisabete Priedols, designe deste blog, e dona do INFINITLOOP, ela gostou e eu resolvi postar aqui. Ela decepcionada e de luto, com o momento atual de nossa cena política, e eu como sempre cheio de esperanças.

Luz e a Escuridão.

Que importa se eu gosto ou não,
Mas prefiro a luz que a escuridão.
A luz me traz esperança,
A fé em novos dias,
A expectativa por mudanças...
De atitudes,
De caráter,
De opções.
Prefiro ver o belo, e a ele expor...
A aceitar que o escuro a tudo domine.
Serei alienado, tolo ou sonhador?
Quem saberá?
Portanto quero disseminar a esperança.
Esperança no ser humano.

(De súbito, nesse lugar.)

Recife, 01 de julho de 2005.