22.9.05

Virtual Bar o Clube do Whisky

Um lugar chamado Sonho

O que dizer de um lugar onde as pessoas se encontram,
Falam de suas vidas, seus sonhos, e até mesmo,
Às vezes criam e vivem suas fantasias,
O que dizer de um lugar onde não é preciso convite para entrar e para sentir-se parte dele,
O que dizer de um lugar onde o tempo e a distância parecem não existirem...
Onde todos se tratam com intimidade e carinho,
E onde o amor e a amizade afloram constantemente em nossos corações...
Este não é outro lugar senão o da Turma da Núbi@,
Kik@®, Lu@, Nøêµi@®, Luciana®, Camila.D,
Cat, Fer*, Ur*sinha, *L*A*R*I*N*H*A*, giov@nn@, #Juliana#,
Lilith, Pietra, Yayá, Nine, ^Å^njinha® , ßrµx¡nh@, Livinha-,
Pisciana do Mar, Esxpanhola®, Lun@, Santa Clara®, Sinninho,
Vênus, VhamÞ!ra Ðø Тs¢rtø, Jade, R.P. duBAr ,
Pheebs°, , PantaneiraduBAr, Bucaneira®, #Diabinh@ ==E,
moren@_DuBAr, Duda®-Lun@, HeleninhaR,
Uma Gaúcha, Kayazinha,
Entre tantas outras amigas e dos amigos ƒred® ,
Ice Cube**, Siberian Tiger, PORTUGUÊS®, MMEZZENGA®,
Professor®, Pietro, ZorroPocotó, Lincon, C@n@bis,
Unlive, ßøttinhø, Gar$$on®, Duende, Brothers® e muitos outros.
São pessoas que vem e que vão,
E deixam saudades em nossos corações e marcam para sempre a história desse lugar,
Serão sempre ícones de um tempo que jamais será esquecido,
Como disse a canção
"... o trem que chega é o mesmo trem da partida,
a hora do encontro é também despedida..."
E esta é sem dúvida a vida desse lugar chamado o Clube do Whisky

Frederico Pereira

18.9.05

Opinião

Recebi o texto abaixo de uma amiga, li, re-li e então guardei num canto para depois voltar a ele. Certas coisas precisam ser ponderadas, principalmente quando se trata de algo que faz parte do nosso alicerce. Já escrevi anteriormente sobre amor e liberdade, claro que dentro de uma perspectiva personalíssima. Agora estou diante de um texto cuja afirmação é de que amor separa e o ódio une, isto numa analise perfunctória. Então vamos pensar sobre isto.

O que é o amor? O que é a paixão? O que é a amizade? Creio que estes três sentimentos estejam presentes num relacionamento bem sucedido, e por bem sucedido entendo um relacionamento pleno, onde cada um é feliz e se satisfaz com a felicidade do outro, onde ambos se alimentam das conquistas e prazeres individuais, onde a cumplicidade é a marca da relação, e principalmente ambos mantêm a sua personalidade, não há anulação.

Penso que a paixão é fugaz, todavia intensa é como o calor da labareda, é fogo que consome aquilo que a nutre. Uma paixão eterna devoraria o apaixonado, um exemplo disto está nos poetas românticos como Castro Alves que definhou numa tuberculose movido por uma paixão dilacerante e exacerbado por sua musa.

O amor é o sentimento que mais se aproxima à imagem de Deus, ele é perene, eterno em sua forma, não cabe em descrições e limitações intelectuais, mas se for preciso defini-lo é mister pensar no infinito, olhar para o céu numa noite de escuridão e observar as estrelas e então perceber como somos pequenos diante de todo o universo. O amor é paz, é felicidade em dar, é tolerância, paciência, é antes de tudo cumplicidade e companheirismo. O amor é desejo, prazer e momentos de paixão. O amor não prende, mas cativa, não proíbe, liberta. O amor é tranqüilo e sereno como um rio de águas claras cujo rumo pode até ser desconhecido, porém nunca incerto.

A amizade é a mais conhecida e praticada forma de amor, ela não tem conotações sexuais, econômicas ou sociais. Amigos o são por pura sintonia, não é improvável ver uma verdadeira amizade entre pessoas de classes sociais diferentes, sexo oposto e até mesmo opção sexual diferentes. São amigos, jovens de velhos, ricos de pobres, homens de mulheres, enfim a amizade supera a tudo e se impõe onde muitas vezes não seria razoável existir. Os amigos, como os amantes se satisfazem no sucesso alheio e por ele torcem, são companheiros nos momentos difíceis e muitas vezes a única esperança. Os amigos são verdadeiros e quando necessário falam verdades dolorosas e por isso mesmo são amigos.

Então penso que uma relação sólida não pode ser alimentada por ódio, não creio que pessoas permaneçam juntas para torturarem, consumindo umas as outras pelo ódio alimentando a infelicidade alheia. Não! Isto não é racional, dizer isto de uma relação é desacreditar na capacidade humana de ser sociável, viver em sociedade, em grupos, em família não é viver num inferno de limitações, não é estar preso. A liberdade está no exercício do livre arbítrio, de poder partir a qualquer momento, mas ainda assim ficar. De nutrir-se de sonhos a dois, de projetos que caminhem na mesma direção. Creio que uma relação acaba não quando acaba o amor, mas quando cessam os objetivos comuns, quando cada um segue numa direção diferente, e isto nada tem a ver com amor ou ódio.

Por fim prefiro um pássaro livre voando diante de mim a tê-lo preso numa gaiola ao meu alcance, posso usufruir o prazer de seu canto indo até ele na floresta, no parque, onde quer que ele esteja, não preciso aprisioná-lo para ouvir o seu canto. È uma questão de posicionamento diante da vida, creio que um relacionamento pode ser pleno e satisfatório desde que haja amor e cumplicidade, e é claro que, além disso, um pouco de paixão para acender a chama, nunca o ódio pode ser a amálgama que une um casal.

Então penso que o casamento é a decisão de duas pessoas em caminharem juntas numa mesma estrada, buscando chegar ao mesmo lugar. Ainda que cada um caminhe com seus próprios pés e tenha o seu próprio ritmo, e possam em algum momento se distanciar, mas nunca perdendo um ao outro de vista. Algumas vezes será necessário parar e esperar pelo outro, ou então acelerar para alcançar o que se distanciou, mas é imprescindível haver sempre reciprocidade de atitudes e objetivos, do contrário torna-se impossível à caminhada.
Quando o casamento vira guerra

Rubem Alves

Um homem tinha longas conversas com o diabo. Cavalheiro de voz mansa, bem vestido, em nada se parece com o que dizem dele: rabo, chifres, patas de bode e cheiro de enxofre. Um dia ele ficou sabendo o motivo exato do desentendimento definitivo entre Deus e o diabo:
Todo mundo sabe que, no início, eu era a mão direita de Deus. Estávamos de acordo em tudo. Ele mandava, eu fazia. Foi por causa do casamento que nos separamos. Até então trabalhávamos juntos. Quando Deus disse que não era bom que o homem estivesse só, e melhor seria que ele tivesse uma mulher, eu concordei. Quando Deus disse que essa união não deveria ser sem fim, até a morte, eu aplaudi. Mas aí apareceu o pomo da discórdia. Para colar o homem na mulher, Deus foi buscar uma bisnaguinha de amor. Protestei. Argumentei: "Senhor! Amor é coisa muito fraca, de duração efêmera! Quem é colado com amor logo se separa!"

E o diabo continuou explicando: o amor é chama tênue, fogo de palha. Não pode ser imortal. No começo, aquele entusiasmo. Mas logo se apaga. Chama de vela, fraquinha, que se vai com qualquer ventinho... Amor é bibelô de louça. Todos os amantes sabem disso, mesmo os mais apaixonados. E não é por isso que sentem ciúmes? Ciúme é a consciência dolorosa de que o objeto amado não é posse: ele pode voar a qualquer momento. Por isso o amor é doloroso, cheio de incertezas. Discreto tocar de dedos, suave encontro de olhares: coisa deliciosa, sem dúvida. E é por isso mesmo, por ser tão discreto, por ser tão suave, que o amor se recusa a segurar. Amar é tem um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.

Como construir uma união duradoura com uma cola tão fraquinha? Por isso os casais se separam, por causa do amor, pela ilusão de outro amor. Qualquer tolo sabe que o pássaro só fica se estiver na gaiola. O amor é cola fraca para produzir um casamento duradouro porque no amor vive o maior inimigo da estabilidade: a liberdade. É preciso que o pássaro aprenda que é inútil bater as asas. Um casamento duradouro é aquele em que o homem e a mulher perderam as ilusões do amor. Foi aí que nos separamos, ele continuou. Não porque discordássemos que o casamento deveria ser eterno. É isso o que eu quero. Nos separamos porque não estávamos de acordo sobre o que é que junta um homem e uma mulher, eternamente. Deus é um romântico. Eu sou um realista.

Perplexo, o homem perguntou: Qual foi sua proposta? Que cola deveria ser usada? O diabo sorriu confiante, e respondeu: - O ódio. Enganam-se aqueles que dizem que o ódio separa. A verdade é que o ódio junta as pessoas. Como disse um jagunço do Guimarães Rosa, quem odeia o outro, leva o outro para a cama. Diferente do fogo da vela, o fogo do ódio é como um vulcão. Não se apaga nunca. Por fora parece adormecido. No fundo as chamas crepitam. A diferença entre os dois? O amor, por causa da liberdade, abre a mão e deixa o outro ir. No amor existe a permanente possibilidade de separação. Mas o ódio segura. Não tenha dúvidas. Os casamentos mais sólidos são baseados no ódio. E sabe por que o ódio não deixa ir? Porque ele não suporta a fantasia do outro, voando livre, feliz. O ódio constrói gaiolas, e ali dentro ficam os dois, moendo-se mutuamente como máquina de moer carne que gira sem parar, cada um se nutrindo da infelicidade do outro. As pessoas ficam juntas para se torturarem. Não menospreze o poder do sadismo. Ah! A suprema felicidade de fazer o outro infeliz!

16.9.05

Até que enfim é sexta-feira.

Todos os dias têm 24 horas, mas há dias que parecem longos demais, assim foi com esta semana, viagens inesperadas, pressão anormal no trabalho, exames médicos e muitas pendências acumuladas.

Tenho buscado criar uma nova rotina diária, acordo cedo e vou caminhar. É difícil romper a inércia de uma vida sedentária, são muitas as desculpas que surgem na mente: cansaço de uma noite mal dormida, dores musculares, preguiça, falta de preparo, limitações de horário na agenda entre outras. Mas estou decidido a adotar novos hábitos que tenham como objetivo obter uma melhor qualidade de vida.

Algo me impressionou muito nestes dias de caminhadas no Parque 13 de maio, um homem de aproximadamente 55 anos seguia a minha frente carregando uma muleta, logo que o observei senti vontade de rir de seu jeito desengonçado de locomover-se era o sádico senso de humor negro, do qual às vezes somos tomados. Ao chegar próximo daquele senhor percebi que ela havia sido vítima de um AVC – Acidente Vascular Cerebral – e que todo o seu lado direito fora comprometido. O que antes seria motivo de um riso descabido tornou-se severa lição diante de meus olhos.

Fiquei surpreso com tamanha força de vontade, os passos lhe eram muito dificultosos, seu esforço para locomover-se sem a ajuda da muleta era nitidamente doloroso, mas em suas feições contorcidas pela dor havia algo de satisfação, algo que dizia que ele não se submeteria àquela limitação, seguiria adiante. Mesmo com toda dificuldade ele deu três voltas na pista do parque, totalizando três quilômetros. Tive vontade de aplaudir sua determinação todas as vezes que cruzei com ele na pista. Aquele homem a despeito de sua enfermidade é um vencedor.

Eu havia andado dois quilômetros e estava pronto para encerrar minha incômoda atividade, mas a imagem daquele homem me fez pensar, estou dentro do grupo de risco para doenças coronarianas e posso em algum momento sofrer um AVC, afinal minhas taxas estão na estratosfera, então porque não aproveitar a oportunidade que tenho de reverter este processo, mudar os hábitos adquiridos ao longo de uma vida não é tarefa fácil. Porém muito mais difícil seria enfrentar as conseqüências que poderiam advir da permanência numa vida desregrada e inconseqüente.

No meio da semana, terça-feira, fui surpreendido com uma viagem inesperada, o que me causou tremendo desconforto. Descobri que não gosto de mudanças inesperadas na rotina diária, preciso estar preparado para aceitar algo que fuja do previsto. Não gosto de ser chamado para sair em cima da hora, ainda que seja com uma linda mulher, não gosto de ficar submetido a uma programação que eu não planejei. Isto parece contraditório com meu perfil, mas é a pura verdade.

A viagem foi de todo angustiante, primeiro pelo fato de estarmos exposto a uma alta carga de pressão para cumprir todas as atividades determinadas, o que não foi possível, depois, pelo fato de não haver uma programação prévia, levamos menos roupas do que necessitamos. No fim voltamos com metade da missão cumprida e com um tremendo desconforto. Nem mesmo as belíssimas paisagens conseguiram trazer algum benefício.

O mais interessante da viagem foi que descobri que preciso conhecer melhor o interior do estado de Pernambuco, como é bonito e diferente. Subimos a serra das Russas e de imediato percebemos a mudança no clima, saindo do litoral quente e úmido chegamos ao agreste seco e frio. Mas a paisagem é deslumbrante são vales, colinas, planaltos, um relevo muito diversificado, e tem a estrada que é um sonho, nem parece que estamos no Brasil. A BR 232 merece ser percorrida em toda a sua extensão pelo simples prazer de trafegar numa estrada segura, confortável e bem sinalizada, além de proporcionar um visual magnífico. O que me fez lembrar que tenho que renovar minha habilitação.

No hotel, uma noite no jantar, sentei-me só e pedi uma bhoêmia, fiquei ali lembrando de outro jantar. Comi um peixe grelhado com arroz, muito bom por sinal, mas faltava alguém para compartilhar aquele belo lugar, o hotel na serra, o clima agradavelmente frio e a boa comida.

Hoje de volta ao Recife o almoço da confraria. Tudo muito bom, tudo muito tranqüilo, e a constatação de como é bom ter amigos fieis e presentes. Depois do almoço o tradicional cafezinho no Café São Brás, substitui o Capuccino pelo Espumone (café expresso com leite fervido no vapor) por uma questão de saúde. O corpo leve e satisfeito com o delicioso salmão na grelha, acompanhado de arroz e legumes no vapor, e as muitas tulipas de malte e cevada, bem geladas, a mente tranqüila pela sensação de ter cumprido a jornada semanal.
Amanhã é dia de jogar tênis e tomar sol e isto me estimula.

12.9.05

Silêncio!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estou de recesso de mim mesmo.

Cansei de dizer o que penso.

Quero apenas ouvir.

O silêncio.

As batidas do meu coração.

O eco no vazio da minha mente.

Eu quero respostas.

Por hora chega de perguntas.

Até breve!

Ou adeus.

11.9.05

Neologismo!

Brincadeira de palavras

Eu macanudo.
Ela semiconfláutica.
Eu sozinho no mundo.
Ela tão só, acompanhada.

Ela sorumbática e eu macambúzio
Às vezes confusa, eu o tempo todo.

Ela indecisa, eu decido.
Ela com reservas, eu desprovido.
Ela certinha, eu não sei o que é certo.
Ela chatinha, eu complicado.
Ela sistemática e eu aleatório.

Ela tem cuidados especiais com os outros
Eu como sempre malungo.


Recife, 11.09.2005.

10.9.05

Uma linda mulher

(Uma mulher sedutora)

Hoje foi um dia agradável, uma manhã de tênis no Internacional, almoço em família e à tarde o encontro. Nos últimos dias estou vivendo um tempo de flash back, uma visita ao passado e ao que de melhor nele vivi.

Ao chegar no estacionamento cruzei com ela em seu carro, em busca de uma vaga, foi engraçado vê-la ao volante. Lembro-me de Ana Karla nos tempos de nosso namoro, foi um tempo muito bom, muitas descobertas, iniciações, nosso namoro foi intenso, havia uma química que fazia com que tudo terminasse em chamas.

Hoje em Recife está sendo realizado o evento Recife In Dor, um encontro de várias bandas de axé-music numa casa de eventos vizinho ao Shopping, então o estacionamento estava lotado, consegui logo uma vaga e dirigi-me ao local do encontro.

O encontro foi em família, lá estava ela e sua mãe, a melhor sogra que eu já tive, uma pessoa de uma jovialidade impressionante, e muito bonita, a filha tem a quem puxar. Saímos então só nós dois para comprar uma fita de vídeo. Minha amiga vai se inscrever no BBB, não fiquei surpreso, ela sempre foi uma pessoa de muita luz, seu brilho sempre foi maior do que o lugar onde ela está. Imagino que ela um será uma celebridade, sua personalidade permite.

Brincadeiras de namorados, carinhos recíprocos e estávamos eu e minha querida amiga Ana Karla passeando pelo shopping. Confesso que fiquei incomodado com tantos olhares para ela, uma mulher loira e bonita não passa despercebida por onde anda. O que mais me chocou foi à forma deselegante como nós homens nos comportamos. Ainda que estivéssemos juntos, às vezes até abraçados, como bom amigos que somos, havia sempre um monte de marmanjos encarando-a incisivamente. Eu havia esquecido dos tempos de nosso namoro e o quanto isto me incomodava. Percebi que hoje incomoda muito mais.

Jamais poderíamos construir uma relação. Ela é bonita demais para permitir que eu tenha sossego. Fiquei imaginando como seria estar casado com ela tendo que administrar tanto assédio. Não seria nada legal, isto não tem a ver com segurança, mas sim com o desconforto da situação em si.

Conversamos muito, fiquei feliz com as vitórias de minha amiga, sempre fui um torcedor pelo sucesso dela. Afinal alguém que só me fez bem não poderia despertar, em mim, nenhum outro sentimento que não fosse carinho e consideração. Imagino que se ela entrar no BBB ninguém segura essa mulher. Mas eu vou ficar com ciúmes, afinal vou perdê-la para o mundo, mas o mundo vai ganhar alguém muito especial. Uma estrela.


Um Anjo lindo me apareceu

Um Anjo lindo parou na minha frente,
Sorriu e me tocou. Eu assustado corri...

Ele tão triste voou.
Eu me senti infeliz...

Foi embora meu Anjo travesso,
Para longe do meu coração,
Sozinho fiquei descontente
A lembrar tua expressa aflição.

Sofri por deveras angústia,
Que meu medo a ti provocou,
E eu que estava sozinho,
Detestei a vil solidão.

Meu Anjo volta...

Vem para perto de mim novamente,
Que serei contigo gentil
Como fostes então prontamente.

Perdoa-me Anjo travesso,
De olhar distante e ar de mistério.

Vê o meu coração, tornou-se um deserto!

Nunca pense meu Anjo travesso
Que eu não quero estar com você
Pois espero o tempo do começo
De uma vida de alegria e prazer.

9.9.05

Um instante...



O corpo.

Um beijo...
Energia,
O corpo calor contagia.

Um toque,
Surpresa,
No corpo a chama acesa.

Um gemido
Alegria
O corpo prazer irradia.

Um grito
Êxtase
O corpo então desfalece.


Recife, 18.08.2005

8.9.05

O silêncio do coração


Minha amiga oculta

A Solidão é minha parceira
doce amiga, suave companheira
presença constante, verdadeira
para mim não é tristeza é alegria.

É ela que me acompanha nos vôos
por céus de caminhos infindos
por trilhas repletas de vida
por mares dos quais nunca enjôo.

Nela desfruto o canto dos pássaros
contemplo as montanhas, pontes, riachos
me perco nos parques, nos becos, nos bares
andando nas ruas durante as madrugadas.

Recife 27/08/2001.

7.9.05

Rasgando a veia...

(Entardecer de uma vida...)

Hoje resolvi falar de algo que está há muito tempo guardado em meu coração, nunca abordei este assunto porque sei que minha família freqüenta este lugar, e não queria que eles fossem atingidos por minhas impressões, mas é chegada a hora de exorcizar os fantasmas.

O que dizer de meu irmão Junior senão que ele era muitos num só, foi o filho amado, querido do coração de nossa mãe. O irmão e amigo do peito do meu mano Edson, eles eram inseparáveis, melhores amigos. O irmão querido da mana Vera, ele sempre foi solidário a ela. O irmão amado da mana Mônica, eles tinham uma boa sintonia. Para mim ele foi herói e monstro.

Lembro com saudade daquele tempo em que eu era muito pequeno para perceber o mundo a minha volta, anos 60, meu pai ainda era vivo. Naquele tempo eu era tido como um menino preguiçoso que não aprendia a ler, eu ainda não tinha seis anos, minha mãe sempre ameaçava me colocar no reforço com uma fula de tal que alfabetizou meus irmãos. Recordo do olhar de terror da mana Vera ao ouvir tal promessa. Algo me dizia que essa educadora não seria legal comigo. Um dia minha mãe cansou de ameaçar e me enviou ao suplício.

O lugar era agradável, uma velha casa no bairro do Recife, no centro. A casa era arejada e havia uma atmosfera familiar, plantas espalhadas pela sala e ao fundo um belo jardim, e gatos, muitos gatos, mas não só eles, tinham também periquito, papagaio, cachorro, cágado, e um aquário cheio de lindos peixinhos. Logo que cheguei ri em silêncio do medo dos meus irmãos, pensei comigo mesmo, vou adorar aprender a ler com essa professora.

Foi quando vindo da cozinha surge diante de meus olhos aquela mulher gorda, cujos seios saltavam para fora do vestido que lhe apertava as carnes volumosas. Sobre sua cabeça havia algo incompreensível, um coco de pelo menos uns vinte centímetros, imaginei que ela usaria aquele cabelo para amarrar suas vítimas, na mão esquerda sustentava um leque, que ela agitava freneticamente, na direita o que restou do que fora um delicioso sanduíche.

Ao me ver assim tão pequenino e indefeso ela exclamou – Que menino magrinho. De imediato me veio à lembrança a história da velha que engordou as criancinhas para comê-las depois. Olhei para traz na expectativa de ver o Junior na porta e correr para perto dele. Que triste constatação àquela, eu havia sido abandonado na arena para o sacrifício. A professora era uma glutona compulsiva, enquanto me tomava à lição, comia e arrotava. Logo compreendi o espanto de minha irmã.

Tudo parecia estar indo muito mal quando o Junior interferiu e me presenteou com uma pilha enorme de gibis do Tio Patinhas e disse, –Se você ler para mim um gibi por dia eu compro outro no dia seguinte – Era tudo muito simples, ou aprendia a ler pelos gibis ou seria lanche para a senhora do arroto. A escolha foi óbvia passei a ler o Tio Patinha para meu mano, enquanto ele ficava sentado em silêncio olhando pro céu. Minha mãe vendo o meu progresso consentiu em tirar-me do reforço, para minha felicidade.

Meu irmão era hippie, fazia cintos de couro, bolsas, sapatos, sandálias, bijuterias, jogava xadrez, tocava violão, cantava numa banda, nunca vi alguém ler tanto como ele, lembro dele na “Livro Sete”, reduto de intelectuais do Recife, discutindo de igual para igual com professores da Faculdade de Direito, Filósofos, Jornalistas, ele tinha a profundidade de um sábio e a serenidade de um mestre. Mas todos diziam que ele era estranho, muito fechado, isolado da família, só entre amigos ele ficava bem.

Eu o conhecia como poucos em nossa casa, sempre fui aquele que observava a tudo em silêncio. Nasci em uma família de quatro filhos, dois casais, fui o que se chama no nordeste de fim de rama, prefiro pensar que fui o último prazer do meu pai, minha mãe me teve aos 40 anos, não fui um filho planejado ou esperado. Simplesmente nasci. Talvez por isso eu até hoje tenha o hábito de ir aos lugares sem ser convidado.

O Junior sempre fez sucesso entre as mulheres, e do alto de sua experiência com o sexo feminino um dia me confidenciou– nunca conte vantagem de ter saído com uma garota, isto não diz respeito a ninguém, é assunto seu e dela. – Confesso que levei muito tempo para compreender o que ele queria dizer.

O tempo e as circunstâncias da vida afastou a todos nós. Cresci e tornei-me homem longe de todos, quando voltei a ter contato com meu irmão ela havia se transformado num monstro. Destruiu tudo o que eu havia construído em minha inocência de menino, meu irmão tornou-se um viciado. Primeiro entrou para o submundo das drogas, foi viciado por muito tempo. Um dia depois de inúmeros apelos e lágrimas de nossa mãe ele decidiu que deixaria as drogas injetáveis. Por incrível que pareça ele conseguiu, sem ajuda de ninguém, simplesmente parou.

Quando ele conseguiu sair das drogas eu voltei a vê-lo com um pouco mais de respeito, afinal para conseguir lutar contra a dependência química sem ajuda profissional é preciso ser alguém de muita fibra. Mas este triunfo durou pouco, acontece que para substituir as injeções de alucinógenos ele enveredou por outro caminho, passou a beber. O que de início parecia não ser tão ruim...

Mas o tempo foi categórico ao mostrar que meu mano nunca mais seria àquela pessoa que eu conhecera na minha infância. Perdi por ele o respeito, amizade, admiração, no fim eu tinha vergonha dele.

Rompemos nossa relação e eu mal falava com ele, nossa mãe dizia que ele era amoroso, carinhoso, tranqüilo e não merecia ser desprezado, eu não conseguia ver nenhuma desses virtudes nele. Talvez eu tenha criado expectativas grandes demais. Talvez eu tenha sido egoísta e presunçoso. O que sei é que me afastei dele o quanto pude. Muitas vezes vi minha mãe correr para socorrê-lo enquanto eu nada fazia. Muitas foram as ocasiões em que eu assistia a tudo em silêncio sem me envolver.

Um dia eu olhei em seus olhos e lhe disse, você quer se matar, então faça logo, mas não leve nossa família junto. Ele parecia decidido a não retornar daquele abismo em que se atirou.

No dia 7 de setembro de 2003, meu irmão faleceu no Hospital da Restauração, vítima do alcoolismo, eu havia socorrido ele na madrugada do dia anterior, e estive com ele todo o tempo. Briguei com os médicos que se negavam a fazer algo para aliviar sua dor. Usei de todos os meios para que ele fosse atendido e que sua situação fosse remediada. Recebi do médico que o examinou a sentença de morte dele – Seu irmão não sobreviverá até o amanhecer do dia.

Por ironia do destino ficamos, eu e ele, diante do médico ouvindo aquela declaração, vi em seus olhos uma tranqüilidade que me comoveu. Ele quis se despedir de todos. Eu me encarreguei de fazê-lo. Deus permitiu que todos tivessem oportunidade de falar com ele. Ele pediu perdão a todos. E teve em seu último momento a solidariedade e respeito de todos nós. Em seu último instante meu irmão voltou a ser meu herói.

Mas isto ele nunca saberá...

6.9.05

Segredos inconfessáveis...


(Encontro impossível)


Cúmplices de um delito.

Um quarto escuro, dois amantes, um desejo.
Palavras, gemidos, sussurros
Corpos nus, um olhar, um beijo...

De repente acende a chama que:
Queima, arde, fere e consome.

Momento de decisão...

Aquele olhar é faca afiada que corta a razão.
Deixa a mente perturba, gera confusão.
Corpos nus em plena madrugada.
Sentimentos em completa profusão.

Silêncio...

A voz entrecortada, gemidos, contorção...
A alma agora inflamada tomada de paixão
A carne dilacerada e na mente a indagação.

Arrependimento...

Razão em conflito grita, Não!

Silêncio...

Meu corpo curvado carente está
Olhando em volta busca você
Sentindo o vazio que agora está
Onde antes estava você.

Vazio...

Um quarto escuro, um homem, um desejo!
Em sua mente ecoam os sons
Recente-se do beijo
O corpo nu...
Sentindo-se perdido
Ao se perceber
Em flagrante delito.

4.9.05

Um pouco de tudo

(Cruzeiro Recife - Fernando de Noronha)




Aquário x Virgem – analise de compatibilidade

O espírito crítico exagerado dos nativos desse signo (virgem) irrita você (aquário), pois eles se prendem excessivamente a minúcias, se perdem nelas, não tem visão de conjunto nem conseguem analisar as coisas de modo abrangente. Virgem possui uma praticidade cega e tende a pegar muito no seu pé devido ao seu idealismo, sendo que essas cobranças só servem para afastar vocês e dificultar ainda mais o relacionamento. As coisas ficam ainda mais difíceis pelo fato de Virgem ser certinho demais, enquanto que uma das suas características mais marcantes é sua rebeldia e necessidade de contestação. Mas por outro lado Virgem pode lhe ensinar a ser mais realista. Você está em condições de estimular seus nativos a se libertar do materialismo exagerado e enxergar mais longe. Vocês têm em comum uma grande curiosidade, uma mente ativa e um enorme interesse pelo mundo a sua volta, pois ambos são muito inteligentes. Na cama as coisas não fluem com a facilidade desejada, pois vocês dois tendem a racionalizar demais e a agir de menos.

Impressionante, eu nunca levei a sério essa coisa de horóscopo, primeiro pela minha formação religiosa, depois pelo fato de que não acredito em destinos traçados, acredito que o destino é o resultado de nossas escolhas e ações ao longo da vida. Todavia tenho que reconhecer que a análise de meu signo que é aquário com o signo das duas mulheres que marcaram bastante em mim tende a ser verdadeira. Setembro é o mês de aniversário delas, uma no dia onze a outra no dia oito, o fato que passou despercebido por mim, é que gosto de mulheres de virgem, talvez pelo fato de serem tão explicitamente diferentes de mim.

Hoje é dia de jogo do Brasil, lembro com saudade dos tempos da copa do mundo de futebol na Espanha, a seleção do Telê Santana, gênios da bola, que a cada jogo fazia Brasília ferver em festas, na minha quadra, SQS 414, tínhamos o hábito de pintar o chão com figuras que evocassem o jogo, o embate entre a seleção canarinha e os seus adversários. Pintamos o papagaio, periquito, tudo simbolizando nosso escrete de ouro, éramos os melhores, não jogávamos, dávamos um show. Até aquela terrível tarde no SARRIÁ quando diante de toda a nação Paolo Rossi insistia em por fim ao sonho...

Já não me empolgo com jogos da seleção como naqueles dias, somos penta-campeões, mas ainda assim não tivemos uma geração como aquela de 1982. Lembro de um jogo da seleção brasileira, em Recife, contra a Argentina, fomos eu e Cristiane, era a primeira vez que ela entrava num estádio de futebol, preparei diversificado lanche, refrigerante, sanduíche, havia de tudo, coloquei a mochila nas costas e fomos ao jogo, 70.000 pessoas num estádio de futebol, muita gente para ser atendida por poucos fornecedores, resultado nós estávamos bem servidos. O que de início foi motivo de crítica dela tornou-se um diferencial para o nosso conforto. O jogo estava marcado para às 16:00 horas, chegamos às 14:00 horas para conseguir um bom lugar à sombra. Levei meu bandeirão de oito metros, fomos muitas vezes mostrados na TV, uma tarde de gols, deslumbramento e alegria, no fim voltamos para casa sem o bandeirão, que por questões de praticidade foi abandonado no estádio. E ela com aquele sorriso de menina deslumbrada.

O fim de semana foi bom, jogo de tênis pela manhã, passeio no shopping à tarde, compras, encontro com Danielle, uma morena maravilhosa que trabalhou na minha antiga empresa por um tempo, na época ela era apenas uma colegial, tornou-se uma mulher belíssima. Cabelos pretos, na altura da cintura, estilo Malú Mader, corpo torneado e pele dourada pelo sol. Marcamos um chope para terça-feira. Boas conversas e um pouco de sedução dela, as mulheres adoram ter o controle sobre nós homens, eu me fiz de desentendido, estou fechado para balanço.

Almoço de domingo é sempre especial, lembro dos tempos em que éramos uma família, todos estávamos em casa, era como uma festa, minha mana Vera sempre inventava um prato novo e quando não dava certo todos comíamos em solidariedade a ela, e dizíamos que estava ótimo. Bons tempos aqueles, hoje sou eu e minha mãe, amanhã serei apenas eu...

Estou vivendo um período muito bom da vida, tenho acertado nas escolhas, consertado os erros, e evitado repeti-los, acho que estou aprendendo a lição, cada dia é sempre uma experiência fantástica, e o amanhã ninguém sabe. Resolvi fazer uma reformulação de meus hábitos alimentares, acrescentei a rotina diária uma hora de exercício aeróbico, uma caminhada acelerada, uma corrida leve, uma partida de tênis, quero ocupar todos os dias com uma atividade física, moderada e constante. Resolvi que voltarei aos meus 30 anos, ao menos no que se refere ao condicionamento físico. Quero que os próximos anos sejam senão melhores ao menos tão bons quanto foram os meus trinta anos. Foi o melhor tempo que tenho memória, eu estava na crista da onda e sabia como surfá-la.

Os amigos.

São anjos que se encontram
Quando suas vidas que se unem
Seus sonhos se cruzam.

São pessoas assim
Que sentem a mesma dor,
Companheiros na vida,
Testemunhas no amor.

Em tudo unidos
Num só caminho
Ainda que distantes
Ainda que sozinhos.

Lado a lado unidos
Na pura essência do ser
E de ter um ao outro
Para sempre amigos.


3.9.05

Receita de mulher

(Praia de Bora-Bora na Polinésia Francesa)


O título não é original, mas eu sempre imagino que cada um de nós, homens, temos uma receita de mulher, aquela que pode ser dita como perfeita, ainda que essa perfeição não exista.

Quando menino logo que comecei a perceber a beleza do sexo oposto, prevaleciam às loiras, bastava ter cabelos dourados e eram de imediato irresistíveis. Na escola tive muitas paixões, que jamais viram o sol se pôr, eram efêmeras como tudo na infância.

Já adolescente passei a perceber os olhos, tinham de ser azuis ou verdes. Então veio a primeira namorada, e ela tinha algo que eu nunca havia reparado anteriormente numa garota. Ela sorria com a alma, um sorriso simples, descontraído, sincero. E como era bonito vê-la sorrir, seus cabelos longos e negros, moldavam aquele rosto de menina de olhar meigo. Nasceu o primeiro amor.

Quando jovem veio o corpo, tinha de ser torneado, curvas eram sinônimo de prazer, pele queimada pelo sol, quadris largos, cintura fina e um belo par de pernas, tudo apelava aos olhos e a eles serviam. Foi uma época de muitas descobertas, aventuras, amanhecer vendo o sol nascer em praias desertas com o corpo em chamas.

Então veio a idade adulta e aconteceu o intelecto, uma mulher deveria ter em evidência uma mente brilhante, ser capaz de alimentar uma conversa por toda à noite sem ser repetitiva ou monótona, foi um tempo de grandes papos, de sedução, de observação dos detalhes em detrimento do todo.

Hoje penso que a mulher ideal é antes de tudo cúmplice. Uma companheira para uma noite de forró ou uma tarde de poesia à beira mar. Alguém que saboreie uma boa refeição com a alegria do vinho, que saiba beber e desfrutar de uma conversa durante a refeição. É indispensável que saiba andar, seja elegante, mesmo descalça numa estrada de terra. Tem que ter charme, mesmo que vestindo um short e blusa. Uma mulher assim deve saber sorrir, e sorrindo dizer a que veio. E por fim tem que ser livre ao amar, sentir-se flutuar ao toque, deixar-se conduzir pelas emoções, abandonar-se ao prazer a dois.

São tantas mulheres numa só, são mitos construídos ao longo do caminho, reflexos de nossos anseios mais íntimos, desejos que povoam nosso imaginário. São muitas em uma só, mas apenas uma pode ser amada assim por completo, seja ela quem for há de ser tocada como se toca uma estrela, com todos os sentidos, com todo o ser.

Sigo hoje em silêncio diante de tantas mulheres que a vida me proporcionou, cada uma delas deixou algo em mim, as que nada deixaram perderam-se no esquecimento, mas apenas duas ficaram marcadas como tatuagem, não por serem belas, e o são, mas sim por serem especiais, por terem em si a marca da paixão que queima e arde sem parar, que acende o corpo e deixa a mente confusa, que acalma o espírito e trás a paz. Que vida maravilhosa esta vivida entre paixões, algumas tão passageiras quanto o ciclo de um dia, outras eternas tanto quanto a duração de uma vida.

Bom é viver uma vida de amor. E amando aprender a deixar livre o ser amado para que voe ao encontro do seu destino, sabendo que sempre poderá voltar. E voltando encontrar o aconchego de um coração feliz por amar.

A liberdade é o bem maior que temos, e só sabemos o seu valor quando a perdemos. Aprendi da vida que amar é permitir-se deixar livre a quem se ama.

Como dizia Sting numa canção: if you love somebody, set them free.

Free, free, set them free
Free, free, set them free
Free, free, set them free
If you need somebody
Call my name
If you want someone
You can do the same
If you want to keep something precious
You got to lock it up and throw away the key
If you want to hold onto your possession
Don't even think about me
If you love somebody
If you love someone
If you love somebody
If you love someone, set them free
Set them free
Set them free
Set them free
If it's a mirror you want
Just look into my eyes
Or a whipping boy
Someone to despise
Or a prisoner in the dark
Tied up in chains you just can't see
Or a beast in a gilded cage
That's all some people ever want to be
If you love somebody
If you love someone
If you love somebody
If you love someone, set them free
Set them free
Set them free
Set them free
You can't control an independent heart
Can't tear the one you love apart
Forever conditioned to believe that we can't live
We can't live here and be happy with less
So many riches
So many souls
With everything we see that we want to possess
If you need somebody
Call my name
If you want someone
You can do the same
If you want to keep something precious
You got to lock it up and throw away the key
You want to hold onto your possession
Don't even think about me
If you love somebody
If you love someone
If you love somebody
If you love someone, set them free
Set them free
Set them free
Set them free
Set them free